Monday, December 17, 2012

CDA

Aos amores que não se emendam,
às pedras nas quais tropeçamos,
às sete faces que amamos.

À flor que nasceu na rua,
aos anjos tortos e malditos.

Aos gauches do mundo
em procissão solitária
de mãos vazias e peito aberto.

Aos ombros que suportam
nossas banalidades
com tamanha pureza.

Às palavras perdidas
que aceitamos em nosso dia-a-dia
e nelas penetramos surdamente.

Ao poeta, ao retrato de Itabira.
À ausência que sentimos...

...pliniopereiradesousa

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