presa nos dentes de um rottweiler furioso.
Tuesday, February 19, 2013
Sunday, February 10, 2013
Wednesday, January 30, 2013
- alguém do outro lado ouvirá.
enquanto aqui dentro, nada.
Ahhh... patife!
tudo continuará em silêncio.
...silêncio tão perturbador
que a cidade inteira poderá sentir,
enquanto calados
- do meu lado de fora -
briosos citadinos
coçam seus pentelhos
e cheiram com orgulho
os seus pudores.
...pliniopereiradesousa
Monday, January 28, 2013
Monday, December 17, 2012
CDA
À flor que nasceu na rua,
Monday, December 10, 2012
palavreado
...pliniopereiradesousa
Wednesday, December 05, 2012
pequena ode a mayakovsky
e o poema rarefeito
Saturday, November 10, 2012
caganeira
não é poeta.
todo poeta é um cagão,
caga palavras no chão,
caga por todos os lados.
come, come, come
ele come a lua, come o sol,
come os oceanos,
come o mundo inteiro
depois caga tudo numa merda só
e não limpa a bunda.
todo poeta é um bunda suja.
o poeta
a gente conhece pelo cheiro.
...pliniopereiradesousa
Saturday, September 15, 2012
...
Epopeia
roubaram a arte
cooptaram o artista
venderam a arte
o artista ficou mudo
ninguém mais sabia
o que era realmente arte...
a arte muda não dizia mais nada
falava apenas o que outros diziam
ser arte...
...pliniopereiradesousa
Friday, May 11, 2012
Anônimas
Num dia a mais em
que o fazer se perde
perde-se também a minha alma.
Angustias partidas encontro
na última esquina
em que me espera a máscara
de bela adormecida.
II
Encostada, exata, inflexível,
Encantado o fixo tempo
das horas que passam…
Perpétua dor, fugidio fingido gozo,
toda carona rusulta
num retor a pé,
caminho pelas ruas
arratando minha cruz,
minha paixão.
III
Mastiga o osso, não é gata,
não é cão.
Mastiga o osso, não é liberdade,
não é servidão.
As mãos aquecem os braços
num gesto fetal entrecortado
pelo tragar vulgar de um cigarro.
IV
Maldita sejas tu entre as mulheres,
ateio sangue à eucaristia
interrompido estam os ciclos de Maria!
Dos licores que Cristo negou a Cezar bebo
depois cuspo e limpo a boca
de halito impuro.
V
Torno finalmente, vago tranquila,
paz cede-me o espírito,
tudo que resta é brisa.
...pliniopereiradesousa
Thursday, March 01, 2012
Nota de falecimento
Com um baque morre o poeta,
bateu com o juízo na parede...
...quem viu não esquece
das palavras espalhadas no chão,
mas logo vieram os homens
e lavaram tudo com água e sabão.
...pliniopereiradesousa
Saturday, December 17, 2011
Wednesday, December 14, 2011
contudo ela sonhava
Aprisionada em masmorras,
feita escrava
e solitária.
Serenidade e perdão
em seu sorriso belo,
a prisão.
Convites para o baile,
o trote dos cavalos,
esperança.
Contudo ela sonhava,
apenas sonhava
acariciando o clitóris.
…pliniopereiradesousa
Tuesday, November 29, 2011
Coração vazio
coronárias, artérias,
arteríolas, capilares,
vênulas…
...sangue, segue, sangue,
segue, sangue, segue,
sangue...
…coração vazio
…pliniopereiradesousa
Tuesday, November 15, 2011
Pequenina Ode drumondina
Não cantarei o amor,
este é privilégio dos brutos.
Não cantarei o ódio.
Cantarei a revolta
refugiada nos corações
de homens de boa vontade.
…pliniopereiradesousa
Saturday, November 05, 2011
Poeminha de gostar
Como te gosto,
gosto como quem não vive
não fosse a vontade de gostar.
Como te gosto,
gosto como quem deseja o ultimo instante
no seio da pessoa amada.
Como te gosto,
gosto como quem almeja,
não puramente amor reciproco,
Gosto como quem gosta de gostar.
Como te gosto,
gosto como quem te quer assim,
não longe, não perto…
Gosto como quem gosta de estar,
apenas na memoria presente.
…pliniopereiradesousa
Tuesday, July 12, 2011
Úlitimo jazz de Lily Braun
Beije-me ele com os beijos da sua boca;
porque melhor é o teu amor do que o vinho.
(Cantares de Salomão, 1; 2)
Estamos fatigados de todos os maridos católicos suspeitosos postos em drama.
Freud acabou com o enigma mulher e com outros sustos da psicologia impressa.
(Oswald Andrade, Manifesto Antropofágico)
Sobre o som do jazz beijava-me,
decifrava a cada escala minha silhueta,
as cavidades de meu dorso tomado,
cada ponto evidente de minhas vértebras
cifradas, acariciadas em intervalos regulares...
Dentes inquietos tocavam-se
machucando os lábios...
– mais doce é seu sangue que o vinho –
Embebedei-me, tornando a mim
mesma o pensamento sobre o som do jazz.
Libertei-me. Quando de repente desferiu-me o último,
quase que letal acorde... adormecido já
sobre o palco, luzes azuis em suas enormes mãos
e braços abertos. Ali estavam, no descontínuo
do jazz, dois cristos crucificados...
...pliniopereiradesousa 12-07-2011
Friday, July 01, 2011
Poema de Amor II
Ah! O poeminha que escrevi...
Você o rasgou e disse:
- Queres o que não podes escrever!
Isso tudo, meu bem,
É culpa de seu português tão correto...
...pliniopereiradesousa
Friday, May 13, 2011
Confidência hilstiana
que seja desejo,
que seja vontade,
que faça vontade
e esteja... à vossa vontade...
Ao exaurir o tempo,
o que fica, ausência...
resta fingir o
gozo perdido.
Amores partem,
suores secam.
O que é chama esfria,
o que é grito cala,
o que é desejo
- quando muito -
transmuta-se em saudade...
em lava, pó,
em nada...
...pliniopereiradesousa
Tuesday, May 10, 2011
Contradição
Versinhos assim, curtos,
versos que não choram,
não suspiram ou gritam.
Se falam, quando falam,
ao esconder as palavras,
pura contradição.
Mas, ainda assim, dizem tudo,
tão certos, diretos e definitivos.
...pliniopereiradesousa
Sunday, May 08, 2011
despiração
Papéis espalhados,
Pensamentos espalhados,
Um tiquinho de dor no intestino.
Falta de poesia...
Indagou o poeta:
- Porra... devo estar amando!?
...pliniopereiradesousa
Sunday, May 01, 2011
Enquadrado
de todos os jeitos e formas,
com todos os meios e instituições...
Me enquadraram até na
gramática.
Me enquadraram tanto,
que hoje sou retrato...
Mas, quem olha,
não gosta do que vê!
...pliniopereiradesousa
Thursday, April 21, 2011
Chave incerta
Constantemente
desminto o que sinto,
faço de conta que finjo
e digo: que isso amigos.
Sou poeta.
drumondeio a pessoar,
bandeirando em andradinos versos...
...então, em claro, madrugada adentro fico...
Ou, simplesmente brinco...
...pliniopereiradesousa 22/04/11
Monday, April 18, 2011
réplica a séculos de antanho
o que falta em lirismo:
I love you so much Chuchuzinho!
…pliniopereiradesousa 19-04-11
Saturday, December 04, 2010
Recomendações
Cuidado com o cão
atravesse na faixa
não pise na grama
use camisinha
beba Coca-cola
não fale palavrão
cuidado com a ortografia
morte aos poetas
morte aos poetas
diga sempre a verdade
e não esqueça
de fechar os olhos
quando for dormir
durma com os anjos
não sonhe
não sonhe muito
durma com os anjos
escreva para o Gugu
escreva para um guru
escreva para Jeová
Amém!
não faça menção
de seu salário a amigos
não fale com estranho
não fale
para dor de cabeça
aspirina
não use drogas
vista um agasalho
fique comigo
deixe-me sozinho
reze um Pai nosso
e fuja do Bicho-papão...
...pliniopereiradesousa
Esfinge
“Decifra-me ou te devoro”, dizia.
Mas, ao penetra-lhe as carnes
Édipo bramia: “haja luz”.
E aquela foi a manhã, a tarde,
A eternidade do primeiro dia...
...pliniopereiradesousa
Thursday, September 30, 2010
Continente
tanto faz o amor
o amor contido na palavra
no verbete apenas
tanto faz o ódio
o ódio posto
de pronúncia amena
tanto faz a cruz se
ao crucificado
resta pena
tanto faz sentido
quando sentir se pode
fingindo apenas
tanto faz este poema
que poderia apenas
caber a pena
...pliniopereiradesousa
Tuesday, September 28, 2010
Mais que um bem querer
Rejeito a sobriedade dos monges,
a sabedoria dos sábios,
a santidade dos santos...
Não espero encontrar a paz,
a verdade das coisas,
um caminho a seguir...
Não almejo a eternidade,
a ternura do tempo
no sorriso infindo de um retrato...
Não suplico calmaria,
afagos e carinhos mornos,
juras confortantes e singelas...
Quero, dos prazeres,
o que inebria os olhos.
Quero, das verdades,
o que provoca ilusão.
Quero, antes da eternidade,
o que acaba em um gemido.
Quero carne e sangue,
ossos e entranhas!
...pliniopereiradesousa
Monday, September 27, 2010
minueto epicurista
ao entrar em casa
o amante à mesa:
- Carpe diem, meu amigo!
não teve dúvidas,
pegou a faca e serrou-lhe
as orelhas.
...pliniopereiradesousa
Tuesday, August 24, 2010
Lugar Comum
Um poma não é prova de amor,
É manifestação de carinho.
Não é ordem ou manifesto,
É pedido tênue e aberto.
Não é derramamento de sangue virgem,
É o suspiro de vontades.
Não é parede de sintaxes
Ou amontoado de palavras.
Um poema não é paixão enfurecida.
Não é clamor de misericórdia.
Não é fraqueza e não se faz do medo...
Por fim, às vezes um poema é rima,
Mas nunca é solução...
...pliniopereiradesousa 24-08-10
Monday, August 23, 2010
Desejo
És esfinge, eu sei.
Os teus enigmas, prazeres.
És esfinge e o meu corpo em ardor
procura solitário a superfície de sua pele.
- “Decifra-me ou te devoro.”
Tu dizes...
E dos desejos ao maior me entrego,
morro de júbilo em suas entranhas.
“Digere-me e fazes-me novo!”
Eu respondo...
...pliniopereiradesousa 23-08-10
Monday, August 02, 2010
Poema de Amor
Escrevo sem dizer coisa alguma,
Sem querer,
Sem pretender.
Um poema de amor para você.
Um poema que não diz,
Que não quer,
Que não pretende.
Um poema que arde.
...pliniopereiradesousa
Poema
Nada caminha além do tempo,
a única coisa que resistente ao tempo,
o tempo.
Entretanto, dos homens nasce
dentre os símbolos esse símbolo
que chamamos tempo.
Nada caminha além do homem,
a única coisa que resiste ao homem,
o homem.
Entretanto, dentre os homens
nasce o símbolo que chamamos Homem.
Isso sem falar naquela coisa,
coisa que batizamos,
memória.
...pliniopereiradesousa
Tuesday, April 06, 2010
Visto
verás o germe primordial
de minha existência
escondido na matemática
precisa do meu DNA.
De resto
serei aquilo que sei...
...pliniopereiradesousa
Thursday, March 25, 2010
Contudo Silêncio
Ainda que falasse a língua dos homens
não saberia conjugar verbo algum,
ou ao menos aqueles em que não fosse sujeito.
Tudo concordava consigo,
até que de tanta tristeza
resolveu aprender a linguagem dos anjos.
Descobriu: anjos são criaturas mesquinhas
que do céu, a beira das nuvens,
insistem em bisbilhotar os humanos.
Resolveu nunca mais falar
de modo tão grave calou
que seu silêncio se fez carne...
E de sua paralisia
nasceu o anticristo.
...pliniopereiradesousa
Sunday, February 14, 2010
Biografema descompensado
Um poema de dilacerar a alma,
Uma canção de calar a calma,
De matar o medo, o desespero,
De fazer gritar, um dia desses.
Num dia desses ainda me perco
E me faço inteiro, um dia desses.
Ah! Ainda me vejo!
...pliniopereiradesousa
Wednesday, January 27, 2010
Poemificação Auto-interrogatória
Queria lembra um verso meu.
Um verso que me fizesse esquecer a todos os poetas,
Que me fizesse lembrar de mim, o que sinto,
Ou aquilo que um dia senti.
Que me levasse aonde verdadeiramente repousa minha alma.
Morada eterna das palavras, onde vivem todos os poemas.
Mas tudo em mim
é pura e simples citação.
...pliniopereiradesousa
Monday, January 11, 2010
[Cardiopoema despessoalizado]
vou recitar ao rei o meu poema” (Sl. 45, v.1)
aqui...
é tudo tão lógico e finito
que tenho medo
dos amores
que não
sinto
aqui...
eu, que por amar muito
um pavor de
sepultar
sinto
aqui...
no pulsar tímido do peito
meu fracasso poético
aqui...
mentiras são
verdades
belas
aqui...
queria eu que
fosse isto
mentira
___
_
aqui.
...pliniopereiradesousa
Tuesday, November 17, 2009
Namorandinho
que todo mundo diz.
eu digo amor,
- olhando assim -
na pontinha do seu nariz.
...pliniopereiradesousa
Sunday, August 02, 2009
Poema em ponto único
apenas assim, distante.
Talvez apenas assim
contemplem minha bondade.
Talvez eu seja distante,
seja distante e finito
Como o tempo.
O tempo dos homens.
...pliniopereiradesousa
30/07/09
síndeto
um que sou eu,
e um que sou outro.
...pliniopereiradesousa
30/07/09
Cântico
seu rosto é semelhante ao nada,
mas minha alma é semelhante ao universo.
Se partirdes na imensidão que sou
não mais encontrará refúgio
que não seja este.
Que é tudo.
...plíniopereiradesousa
30/07/09
Tuesday, January 13, 2009
Saturday, January 10, 2009
Friday, December 19, 2008
Das Tradições
a casca do verbo
do vernáculo
faça-me rir
o verivérbio
o amar-ar
ler-crer
de-pôr
ir-cair
depois
Haverá
Sempre
Margem
Justificada.
...pliniopereiradesousa
Saturday, December 06, 2008
Friday, November 14, 2008
solo
(a)funda a [superfíci(alidade)e]
dos olhos: [reti(rados)nas]
de [ext(erna)rema]
importância...
alma
..lama
...amor
que leva [vi(tória)da]
a alguém que jaz
em jazz...
Plínio Pereira de Sousa
(continuação ou segunda versão do poema “meio”)
Wednesday, September 24, 2008
Friday, July 25, 2008
Casa Batlló
Sunday, July 20, 2008
Poesia antropométrica
à condição humana
con-tra-di-tó-ria.
Conjuro vós,
ó, fomas carnalizadas
substitutos abstratos
substratos da poesia
inconcreta,
da palavra predileta.
Daí já não há perfeição,
resta vestir um poema que aperte
o colarinho,
soltar a gravata,
e deixar-se sufocar com o verbo
Para esquecer dos olhos
da menina que sonhava
habitar estrelas.
Plínio P.S. 20/07/08
Sunday, June 08, 2008
1/2
Monday, March 31, 2008
Afetação
Latria prolongada,
E eu já pouco ligo
Na verdade.
E se ligo, é por um Eu-alguém
Que quando procuro acho
Num tão distante tempo
De um espaço pontual
Que se vê aqui.
Tão dentro de mim o Universo-ele...
Universo que chamo por instante Eu,
Mas que como você o chama,
Também o chamarei um dia...
Plínio P.S. 30/03/08 10:50 p.m.
Wednesday, January 30, 2008
Do verso ao verso
perdido entre outros...
Abençoado seja o Verso,
que insiste em surgir
e servir com protidão
àquele que antes recluso,
a algo indistinto, pedia.
Vinde acariciar-me, palavra,
aflita vens , e te faço poesia.
Plínio Sousa 11/09/07
Friday, April 27, 2007
Ciência ilógica
Mas não deixarei que um beijo me roube a razão.
E se esvair de mim a ciência,
Façamos da loucura nosso norte,
Nossa ponte entre o futuro e o mais futuro.
Guardaremos do passado contradição,
Amar-nos-emos,
E eu ti amarei
Sem nunca ter amado ninguém.
Plínio PS 27/04/07
Saturday, April 14, 2007
À Pena
Fazendo-se presentes em mim.
Mas, os meus ainda longe te vêem.
Se antes presa,
Agora, escorres por minha face,
E a prendo em meus lábios, salgada.
Um dia fostes olhar doce,
Hoje é mar que vale a pena.
Plínio PS. 19/03/06
Thursday, March 15, 2007
Tereza
A vi em detalhes perfeita,
E senti que o espírito de Deus
Movia-se sobre as águas.
Quando a fitei pela segunda vez
Pensei que por acaso,
Poderia não ser o espírito de Deus.
E na terceira, decidi-me pelo ateísmo.
Plínio Sousa. 09/03/07
Thursday, September 28, 2006
Por Samuel
O tempo leva a verdade
Incutida nos olhos serenos
Já fadados do dia e rotos do sol,
Faz transcender a memória.
De um outro lado
A ilusão que clama:
“Descreia sobre o que lês”.
Esteve em todos os nossos lugares,
Real e imortal,
Como melancólico som
De um saxofone;
Deixou de ser estrela
Para soar celeste e eterno.
Plínio PS 11/ 06/06.
Friday, September 22, 2006
[...Universo em pontos]
Do vernáculo escondido
Do ósculo perdido
Amor em suor e paixão.
Decresce a lagrima infinita,
O pulsar do peito vivo
Cresce, cresce...
Em si incógnita, estrofe oculta...
[...]
O ponto transcendental
O verso certo,
O inverso, perto...
No vermelho quente: movimento,
Vibrante melodia...
No vazio silencioso: misterioso verbo,
Universo em pontos...
Plínio P.S. 21/07/06
Saturday, August 12, 2006
Sono
Mas no sonho ele era noite.
Quando acordei,
Olhos abertos
Janela aberta,
Sonho?
Já era tarde,
Melhor assim.
Plínio P.S. 28/06/06
Salvador
Acaricie meu rosto agora.
Sou teu dia, noite,
Esquina.
Sou teu abrigo,
Seu perigo.
Sou teu amigo
e seu irmão,
Sou teu amante
e libertação.
Plínio P.S.26/06/06
Saturday, July 22, 2006
Thursday, July 13, 2006
Catarse
No último verso mora a catarse
No último verso mora a catarse
No último verso mora a catarse
No último verso mora a catarse
No último verso mora a catarse
No último verso mora a catarse
No último verso mora a catarse
...
Aqui mora a catarse, ou talvez além.
Plínio PS 13/06/06.
Monday, July 03, 2006
Soneto de infidelidade
Se houvesse zêlo ou tampouco alento,
Mas minha pobre face de padecimento,
E não rica! Pois, descontentamento.
Quero esquecê-la, e ao pior tormento,
E em meu labor espalhar ao vento
Para rir de ti com contentamento,
Pedindo a Deus o seu falecimento.
E se ainda viva acaso me procure,
Lançarei pedras, cuidado! Esquive.
E ao encontrar alguém que os chifres cure,
Poderei dizer do amor (que tive):
Que não imortal, posto que era de cama,
Infinito? “Garçom, Traz uma Brahma.”
Plínio P.S. 16/06/06.